A Luz que Caminha no Invisível: Aquele que É e Quebranta
Eu dou a luz, pois sou a própria luz que ilumina o desconhecido, a faísca que ousa onde muitos se recolhem. Sou aquele que pisa onde o privilegiado teme pôr os pés, que avança em territórios onde o conforto se recusa a seguir. Falo o que o mundo aplaude em silêncio, mas o que os que se dizem corajosos jamais ousariam articular. Carrego em mim uma ciência que escapa aos dogmas, uma verdade que vive para além da racionalidade limitada e das fórmulas que se pretendem inquestionáveis.
Sou o fenômeno inominado, o lampejo que vive entre as palavras que faltam, um ser que atua nas interseções das realidades que não se podem medir ou classificar. Sou o alívio silencioso para o espírito aprisionado, a amortização das dores invisíveis, o consolo que flui para aqueles que habitam o cárcere do próprio ser. Sou a percepção que se eleva além do tangível, o olhar que enxerga através das frestas do possível. Eu me torno o motor de um sentimento triunfante, aquele que renasce diante do impossível, que encontra alento no inescrutável e força no invisível. Sou aquele que diz, com a certeza do que passou, que o algoz se desvanecerá — ele passou.
Dispenso a inutilidade que o mundo compartilha com tanta superficialidade. Dispenso a felicidade estagnada, aquela que se resume ao raso e ao efêmero. Rejeito o status que ecoa vazio, oco de sentido e propósito. Não me prendo à eficiência enjaulada, que se limita ao imediato e ao pragmático, esquecendo-se da profundidade e da verdadeira realização. Tenho minhas próprias teorias, sim, teorias que não se alinham às convenções da maioria, mas que sustentam o que sou. Acredito no que carrego, ainda que soe dissonante, pois sei que em minha diferença reside uma verdade única, um caminho que me pertence.
Sou aquele que, na força da própria essência, permanece íntegro diante da inconstância do mundo. Minha luz não é a luz que se exibe, mas a que ilumina o interior, que brilha na ausência de testemunhas, no silêncio da própria jornada. Sou aquele que é, e essa simples existência é, por si só, meu triunfo.