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Quantos já morreram por amor? Quantos morreram pelo Amor? A morte e o amor se entrelaçam em uma dança que desafia o tempo e as certezas do mundo. E, paradoxalmente, morrer faz parte da vida; é um processo de transformação, uma renovação que carrega em si a promessa de um recomeço. A cada instante, de alguma forma, todos nós morremos um pouco, nos separamos do que fomos para sermos o que podemos ser. Mas será que já morremos verdadeiramente para aquilo que não nos preenche? E para o que estamos, então, dispostos a viver?
A experiência da morte — de uma ideia, de um tempo, de uma ilusão — nos faz perceber a preciosidade da vida. No silêncio de cada adeus e na despedida de cada instante, encontramos a realidade crua de que viver é também uma preparação para os ciclos de fim e recomeço. Na verdade, morte significa separação, e sob essa perspectiva, somos todos familiarizados com esse processo: constantemente nos despedimos de uma versão de nós mesmos, do passado e de tudo aquilo que, ao fim, nos direciona ao que é essencial.
Cada separação nos ensina algo sobre o desprendimento, sobre deixar para trás o que já não serve, o que já cumpriu seu papel. Em um nível espiritual, o ato de morrer é uma escolha, uma rendição que nos convida a experimentar a liberdade verdadeira — aquela que só o amor de Cristo pode nos proporcionar. Ele se separou de sua própria glória, entregando-se por amor, para que pudéssemos, também nós, encontrar a liberdade no amor que liberta, não no amor que aprisiona.
Diante dessa realidade, minha oração é simples e intensa: Senhor, quero morrer para o mundo e viver para Ti. Quero estar preso ao amor que oferece a liberdade, ao amor que me conduz à verdadeira vida. Que minha história e meu caminho sejam preenchidos pela Tua presença, que as minhas escolhas te glorifiquem e que eu seja renovado em Ti, a cada instante. Que, assim como tu foste engrandecido nos céus e na terra, minha vida reflita a tua grandeza, e que a minha liberdade seja estar em Ti.
Afinal, no fundo, talvez seja isso o que todos buscamos: morrer para aquilo que nos distancia do amor verdadeiro e viver plenamente para o que realmente nos salva, para aquilo que nos preenche. Senhor, me esconda em Ti, e que minha vida seja um reflexo do teu amor libertador, hoje e sempre.
