Começo este post com uma pergunta que provavelmente já lhe ocorreu mais de uma vez: “O que devo escolher?” Enfrentar uma encruzilhada, onde os caminhos se multiplicam diante de nós, é mais do que uma questão de direção física. É um convite profundo à reflexão sobre nossos desejos, nossa fé, e nossa disposição de entregar o comando das nossas decisões ao divino.
Quando estamos entre dois caminhos, descobrimos, na verdade, que temos três escolhas: ir para a esquerda, ir para a direita, ou permanecer onde estamos. É o dilema da escolha e do movimento, mas também do imobilismo, da paralisia que, às vezes, o medo da precipitação pode nos impor. A indecisão é um campo árido onde germinam dúvidas, onde o medo de errar nos prende no lugar, sem reação, e nos faz hesitar diante das escolhas possíveis. Como saber qual caminho adotar?
Sim, poderia escolher o que me é mais conveniente, o caminho que parece mais acessível ou fácil. Mas prefiro esperar, não por mera indecisão, mas por uma certeza maior: a de que Deus, em sua infinita sabedoria, já traçou um caminho para mim. Não quero agir com pressa, nem com base apenas em meus desejos ou no que outros pensam ser o melhor para mim. Quero que Deus seja o autor das minhas decisões, quero que Ele seja o desbravador do caminho à minha frente.
A pergunta que então ressoa é: como posso obter essa clareza? Como posso distinguir a voz de Deus dos ecos de minha própria vontade? E é aí que a confiança se torna um ingrediente essencial. Saber esperar em Deus é um ato de fé. É entregar as rédeas do desconhecido ao Criador e acreditar que, ao fazer isso, o caminho certo nos será revelado.
Essa entrega exige fé, uma confiança que não se limita a acreditar em uma força maior, mas que reconhece Deus como o próprio autor e consumador da nossa fé. Ele é quem gera a fé em nós, mas também quem a conduz e a conclui. Como um rio que flui, sou apenas um canal, e é pela fé que me torno um canal de bênçãos para os outros. Para descobrir o caminho certo e me tornar essa fonte de bênçãos, preciso das escolhas certas. E essas escolhas certas, quem pode me dar senão o próprio Deus?
Então, diante desse reconhecimento, faço uma oração simples, mas cheia de sinceridade e entrega:
Ó Pai de Amor, em Ti eu confio e a Ti eu suplico: ilumina o meu caminho para que eu veja com clareza. Concede-me visão para enxergar as maravilhas que preparaste e dá-me a sabedoria para discernir e escolher o que é reto e justo. Afasta-me do mal, guia-me em teus propósitos, ó Deus da minha salvação. Revela-me a tua vontade e faz-me andar na tua luz. Amém.
Neste caminho de fé, a escolha não é apenas um destino, mas uma jornada de aprendizado e confiança no autor do nosso caminho. Que possamos seguir confiando, não com olhos ansiosos, mas com a paz de quem entrega e espera, sabendo que cada passo será guiado.