A Evolução dos Modelos de Gestão: História, Forma e Função

Para compreender a contextualização dos modelos de gestão, precisamos analisar a contribuição das diferentes escolas administrativas, entendendo-as sob uma abordagem sociopolítico-econômica que revela as bases filosóficas e o contexto histórico em que surgiram os primeiros modelos de gestão sistematizados.

Os modelos de gestão operam em duas dimensões fundamentais: forma e função. A noção de modelo sugere um molde, uma estrutura pré-definida que, embora aplicável em contextos variados, sempre remete a um ideal organizacional. Dessa maneira, o modelo se estabelece como um padrão a ser seguido, um exemplo normativo que molda ações, decisões e estratégias. O conceito de modelo pressupõe que, dentro de sua estrutura, a forma predomina sobre as intenções, desejos ou até mesmo sobre os objetivos. Em outras palavras, a forma imposta pelo modelo muitas vezes subordina os fins ao processo estruturado da organização.

Contudo, os modelos de gestão não se limitam a uma questão de forma. Eles buscam integrar forma e função, contemplando tanto a estrutura organizacional quanto sua finalidade. Sob a perspectiva estrutural, o foco está na forma, onde a organização e o controle são prioridades. Por outro lado, a perspectiva integrativa enfatiza a função, privilegiando o propósito e o impacto das atividades realizadas.

Para que esses modelos cumpram sua função organizacional e administrativa, precisam estar voltados para o alcance de níveis elevados de eficiência, eficácia e efetividade. A eficiência diz respeito à execução bem-feita das atividades, ou seja, ao processo que minimiza erros e desperdícios. Já a eficácia refere-se ao cumprimento dos objetivos e à produção de resultados significativos, focando nos resultados tangíveis que beneficiam a organização e o seu contexto. A efetividade, por sua vez, é alcançada quando se realizam os objetivos de maneira satisfatória e com o impacto desejado, garantindo o valor e a relevância das ações tomadas.

A gestão, para ser efetiva, não pode ignorar a história desses modelos, pois é nela que encontramos as lições, os erros e os acertos das práticas passadas. Conhecer as raízes e o desenvolvimento dos modelos de gestão permite uma visão crítica e fundamentada sobre as escolhas e caminhos a serem trilhados, estabelecendo uma ponte entre o aprendizado histórico e a prática atual, iluminando, assim, os rumos da administração moderna.

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