O Contraste que Sou: Entre a Ruptura e a Neblina

Eu sou o contraste, a ruptura do silêncio, o eco que ressoa no vazio, o ego que se desfaz e se refaz em fragmentos. Sou a incógnita generativa, o pensamento abstrato que se molda sem forma definitiva, uma energia disruptiva que pulsa entre o visível e o desconhecido. Sou o farol neblinado, uma luz que guia, mas sem revelar plenamente o caminho, perdida na névoa que oscila entre a claridade e o mistério.

Sou o que deveria ter sido, um passado que se projeta no futuro, um eco de um tempo esquecido que reverbera em cada decisão inacabada, em cada destino ainda por cumprir. Sou o tesouro guardado, escondido entre as camadas de uma história que repousa nas dobras da memória, um segredo adormecido que aguarda o momento de ser revelado. Sou a dor não sentida, um peso que flutua leve, mas que carrega uma profundidade silenciosa, um sofrimento que, ao ser aliviado, deixa apenas um rastro tênue de lembrança.

Sou o céu cinza, uma promessa entre o sol e a tempestade, uma calmaria velada pela incerteza. Sou a alegria postergada, guardada como um presente que aguarda o instante certo para ser vivido, um sorriso contido na espera de um momento que ainda não chegou. Sou o plano sem segunda via, uma tentativa única, sem esboço, um traço de vida desenhado sem rascunho.

Em cada linha que componho, em cada vestígio que deixo, sou o contraste e a síntese, a presença que rompe o silêncio, mas que também encontra abrigo na ausência. Sou a dualidade de um ser que pulsa entre o passado e o porvir, entre o que é e o que ainda será.

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