Aquela energia indescritível, um poder que não se limita à compreensão humana, brota do coração e percorre cada célula do corpo, da cabeça até a ponta dos pés. É um poder que não nasce do esforço humano, mas da rendição absoluta ao Criador. Esse poder se manifesta com intensidade quando, com a boca e a alma em uníssono, proclamamos: Glória, Glória, Glória a Deus!
Foi assim que o senti, em 2002, na Assembleia de Deus no bairro Primeiro de Maio. O culto estava cheio, mas, ao mesmo tempo, parecia que eu estava sozinho na presença do Senhor. Diante do altar, dobrei os joelhos. Era um gesto simples, mas cheio de significado. Fechei os olhos, abri a boca e deixei a alma falar, sem me preocupar com quem estava ao lado, sem ouvir mais nada além do silêncio profundo que antecede a manifestação divina. Não havia mais o som do culto, das vozes, nem mesmo da música. O único som era o que ecoava no meu coração: o reconhecimento da grandeza do Senhor Jesus.
Naquele momento, a presença do Espírito Santo invadiu o meu ser de uma forma que palavras não conseguem traduzir. Era como se cada partícula do meu corpo estivesse sendo preenchida por uma luz intensa, uma alegria sem limites, uma paz que excede todo entendimento. A felicidade espiritual tomou conta de mim, e senti como se pudesse explodir de tanta emoção.
Era a presença viva do Espírito Santo, tocando minha carne mortal, me renovando, me fortalecendo, me abraçando. Não era apenas uma sensação, mas uma experiência transformadora que marcou a minha caminhada com Deus.
Naquele dia, entendi que a glória de Deus não é apenas algo que vemos ou ouvimos, mas algo que sentimos no mais profundo de nós. É um encontro com o divino que transcende o natural, que nos eleva e nos conecta com o Criador de todas as coisas. Uma experiência que, mesmo com o passar dos anos, permanece viva no coração.