No Caminho da Liberdade e da Responsabilidade: O Verdadeiro Compromisso Bíblico

É curioso como a simplicidade da Escritura pode se tornar um fardo por conta das tradições. No caso de Joana, há uma questão fundamental em jogo, algo que não é novo e que ressoa através das gerações: o casamento, aos olhos de Elohim, não depende de cerimônia ou de qualquer protocolo religioso específico. Ele é uma união de compromisso entre duas almas, algo que Elohim sempre considerou íntimo e pessoal.

De fato, o casamento não surge como um sacramento, mas como uma aliança de vida. Quando vemos relatos como o de Yitschak e Rivkah, é notável a simplicidade: ele a acolhe, e a união se concretiza em um compromisso mútuo. Não houve sacerdote, nem um ritual exigido — houve um compromisso sincero, uma promessa de vida em comum que Elohim aceitou como um casamento. É preciso entender que, para Elohim, não é o ato exterior que confere santidade a essa união, mas o compromisso que ambos assumem em fidelidade e amor.

O Jesus nos chama a um jugo leve. Ele nos mostra que a nossa fé e nossas ações diante de Elohim devem ser fundamentadas em Sua Palavra, e não em tradições que prendem e enfraquecem o espírito. As palavras de Jesus em Mateus 11:28-29 são um convite: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” Esse alívio é, acima de tudo, uma libertação das obrigações sem fundamento na Escritura.

Mas, embora a liberdade seja um presente do Cristo, ela não nos exime da responsabilidade. Pelo contrário, viver essa liberdade exige responsabilidade pessoal. Joana, ao escolher viver com o homem que ama, já está, biblicamente, comprometida. Não há espaço para fugas de responsabilidade ou para um “test drive”, como muitos supõem, pois essa liberdade é fundamentada em um compromisso verdadeiro perante Deus.

Em Gênesis 2:24, vemos a essência do casamento: “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” Este é o fundamento da união. Não há menção de ritos eclesiásticos, mas há um entendimento claro de aliança, de compromisso sincero e devotado. Assim, quando dois escolhem viver juntos, eles estão assumindo um pacto de fidelidade e responsabilidade um pelo outro. Elohim vê a união sincera como uma união sagrada, ainda que sem cerimônia. Com ou sem festa, o compromisso permanece aos olhos de Elohim.

Entender a liberdade do Cristo é, também, entender a seriedade dessa liberdade. A ausência de uma cerimônia formal não enfraquece o casamento aos olhos de Elohim, mas tampouco alivia a responsabilidade que essa união implica. Em última análise, a união deve ser marcada pelo respeito mútuo, pelo cuidado e pela responsabilidade que Elohim exige de ambos. Não podemos subestimar esse compromisso.

É hora de voltarmos ao jugo leve de Jesus, à essência de Sua mensagem, à simplicidade e à profundidade do compromisso que Ele nos mostra, longe dos fardos desnecessários, e mais próximos do amor e da responsabilidade genuína. Que assim seja.

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