Quando o sol despontou no horizonte, senti o desejo de te amparar; quando a lua se fez plena, quis te desvelar; e ao ver o céu salpicado de estrelas, nasceu em mim a vontade de moldar teu rosto nas nuvens, como se pudesse fixar tua presença na imensidão. Olhei em teus olhos, e tua alma me chamava, como um sussurro eterno, para estar em teus braços.
Um dia, vi teu nome cravado nas estrelas e, naquele instante, entendi: tua morada era maior do que esse mundo. Então, você se foi… Para um lugar onde as sombras do medo não alcançam, e onde a perfeição é tua essência. Deus te preferiu, te escolheu para brilhar onde os olhos não veem, mas o coração sente.
Hoje, os céus choram tua ausência, e a chuva se derrama como se buscasse te desenhar de volta em cada gota. Deixo a água me molhar, guardando em silêncio as marcas da saudade que levo comigo, que você deixou impressas na pele e na alma.
Mas, não quero mais me esconder. Prosseguirei em vitória, sem temor, até o instante em que teu olhar se encontre, novamente, com o meu — e finalmente, poderei dizer que te quero, que te sinto viva dentro de mim, e que o tempo nunca foi capaz de apagar o que se eterniza nas estrelas.